Decepção. Essa é a palavra que define o meu sentimento em relação à educação no Brasil.
Anos e anos esperando grandes mudanças, entram políticos saem políticos, entram outros, saem outros e o cenário continua o mesmo.
Médias baixíssimas, Enems conturbados, escolas públicas sucateadas, escolas particulares falidas, compradas pelos grandes tubarões da educação, pais e responsáveis esperando o melhor, esperando o melhor…
Todo o trabalho que surge, todo o aluno que desponta das classes menos favorecidas, é pontual. Se não fosse não teríamos a média que temos. Não teríamos universitários completamente despreparados. Não teríamos professores totalmente desmotivados.
Faltam leitores. Usa-se internet, mas não se interpreta. Vivemos de resumos, de cópias, de informações fragmentadas e outras distorcidas.
Qual o site sobre educação que está no auge? Alguns famosos sites pedem pra o professor largar a sala de aula. Pouquíssimos.
Você deve estar pensando: como estou ácida hoje. Entretanto, como ser doce diante do que se está vivendo?
Internet não é pra refletir, é pra divertir, perturbar, iludir. Tudo bem, mas qual é o caminho para grandes mudanças? As contradições cada vez ficam mais acirradas. Necessidade e uso de tecnologia e os alunos de certa forma com tanta dificuldades de ler, de interpretar, de raciocinar academicamente.
A educação também está polarizada, sem continuidade. Começa-se um projeto, as situações mudam e o que se estava fazendo, tem que deixar de ser feito. Assim, torna-se
difícil complementar um trabalho que se fragmentou, que se pulverizou.
Os alunos passam de ano sem saber conteúdos relevantes da série anterior. Aí é um tal de retomada, revisão, aulas de apoio que se misturam e que efetivamente muito pouco resgata.
Tanta coisa é feita, sim, mas de forma isolada, sem conexões e se perde.
Os memes com relação aos professores só expressam, estresse, cansaço, desânimo, ansiedade, espera pelas férias e feriados. É essa a realidade.
Acabei de ouvir que verbas destinadas à educação serão transferidas para a saúde. Isso é viável. Sabemos que a saúde necessita, mas tirar da educação? E assim vai…
O que fazer? Largar?
Talvez uma das soluções é abrir espaços de discussão. Precisamos fazer nossa “voz ser ouvida. A realidade precisa ser dita. Chega de ouvir que a educação é essencial e nada se ouve para mudar. A internet está aí para falarmos, para estudarmos, para que ninguém possa assumir a voz mais importante de um país.
Esse final ficou meio cafona, meio clichê, mas nada, nada poderá substituí-lo!
